Ontem, foi um dia interessante. Bastante interessante, eu diria. Foi um dia em que eu levei na "jugular". Quando cheguei na psicóloga, vi em cima da sua poltrona minha pasta de paciente e logo vi que a sessão ia ser na "jugular". Em resumo, ela comentou que tudo é muito difícil mesmo, por eu não me lembrar da minha mãe, por somente lembrar do que contaram para mim, por não saber que tipo de pai é o meu pai, por ter crescido em meio a tantas perguntas e não ter resposta e se ela pudesse me dar um título para a minha história seria: "Quem vai me adotar agora?!" Por sempre pular de casa em casa e NUNCA ter a MINHA CASA. E eu então comentei com ela que estava pensando em ir no Brás para comprar minhas coisas e que por um momento eu queria perguntar para alguém se isso é uma boa opção, se morar sozinha é uma boa opção, mas não queria perguntar para qualquer um, então pensei que de repente eu queria perguntar para alguém mais velho, experiente, mas não tenho essa pessoa, nunca tive. E então caí num "desabafo-choro" incontrolável, e eu percebi que ainda não consigo tocar nesse assunto sem me emocionar, e que eu achei que conseguia e estava superando isso, talvez esteja, mas ainda é uma ferida bem aberta. E que ela acha muito interessante que mesmo em meio a uma história triste, eu vou em frente, sigo e continuo meu caminho e me incentivou mais uma vez a morar sozinha, que é muito importante para mim experimentar algo novo, que no começo eu posso estar assustada (e por isso essa vontade de perguntar para alguém), mas que depois perceberei (acho que é gerúndio essa palavra e deve tá escrito errado =P ) que não precisava ficar com essas perguntas em minha cabeça, porque são perguntas de alguém de 10 anos, e que eu não tenho mais essa idade, sou adulta, e preciso fazer perguntas de "adulto" e que apesar deu ter esse momento de idade inferior, eu consigo transformar um problema tão simples, como "como chegar no Brás", em um drama horrível, monstruoso, e que um adulto resolve isso facilmente, porque tem meios, enfim, mas que depois que eu "monstruo" o problema, eu o divido em partes (até mesmo para me acalmar) e depois eu o resolvo, e que isso ocorre, porque eu sou muito ansiosa, e bastante sistemática, mas conforme já discutimos, a gente também tocou no assunto das reações que meu corpo exala por conta desses acessos de ansiedade e ela achou interessante também eu perceber que em vários momentos da minha vida tive vários problemas físicos por conta da ansiedade e que isso serve para me autoconhecer e tentar nas próximas vezes que ocorrer, até mesmo um simples problema, me controlar e lembrar que eu faço isso mesmo mas que tudo pode ser resolvido. E que tudo isso não é nenhum defeito e nem precisa ser resolvido, porque eu sou assim, mas que eu posso viver melhor me autocontrolando. Enfim, foi bastante coisa, tentei resumir mas acabei falando tudo, foi bastante desgastante, porque o psicológico da gente fica um pouco alterado, mas foi importantíssimo no meu ver. E com isso eu posso dar mais um passo rumo a me autodescobrir, etc.
A escada representa alguém que já subiu, pois está olhando para baixo, ainda não estou lá em cima, mas estou subindo e ainda quero ter essa vista.
Kiss.
Por vezes nos encontramos em meio a algumas dúvidas, em meio a confusões de sentimento. Isso é normal. Continue subindo ^^
ResponderExcluirbeijos